"O Mundo não é uma herança dos nossos pais, mas um empréstimo que pedimos aos nossos filhos" (Autor desconhecido)

sábado, 5 de novembro de 2011

O livro:
Terminei a leitura dum livro fascinante que dá pelo título: "Dei o meu coração a África - a vida extraordinária de Joan Root", da autoria de Mark Seal, com a chancela da Editorial Presença - Lisboa, 2011. O mesmo relata a fabulosa vida dessa mulher ímpar que foi Joan Root que, de parceria com o seu marido Alan Root (outro aventureiro de primeira água), foram pioneiros nos documentários cinematográficos sobre a vida selvagem em África. Queniana de nascimento e opção (1936), na colaboração que presta aos seus pais numa empresa de safaris, vem a travar conhecimento com Alan Root. Juntos encetaram uma vida de documentaristas sobre a fauna, flora e paisagem africana durante duas décadas que os levaram, entre muitas filmagens, a sobrevoar o Kilimanjaro de balão(os primeiros a fazê-lo) e a apoiar Dyane Fossey nos seus iniciáticos passos em busca dos gorilas da bruma. Após o divórcio, segue o seu próprio caminho e acaba por se instalar, definitivamente, na área do lago Naivasha (Quénia), onde o casal possuía uma herdade e, praticamente solitária, trava uma batalha incessante contra os interesses economicistas que entretanto se instalavam na região (plantio incontrolável de roseirais) e destruíam todo o ecosistema da zona, perigando gravemente a flora e a fauna, quer terrestre quer lacustre. Viria a pagar com a vida essa luta, acabando assassinada (2006), nunca se tendo determinado a autoria do crime, pois os indivíduos presos pela Polícia acabaram julgados mas absolvidos. Lembro-me de há uns anos atrás ter visto um documentário do casal Root, no Canal História, sobre um trabalho que elaboraram àcerca da cobra cuspideira, na qual Joan Root, apenas protegida por óculos vulgares, ter-se submetido voluntariamente a ser atingida, por diversas vezes, pelo veneno do ofídeo que direccionava o mesmo para o seu rosto. Um documentário impressionante. No entanto, lamentavelmente, a vida lendária desta mulher não teve direito a um filme da grandiosidade "hollyoodesca" como a da falhada Karen Blixen, com o oscarizado "África minha". Contemporâneas no espaço e no tempo não o foram na fama. Mas há este livro. E todo o seu legado cinematográfico.

A recordar:
No dia de hoje nasceu a actriz Vivien Leigh (1913), que desempenhou um dos principais papéis num dos filmes da minha vida: "E tudo o vento levou".

A frase:
"Em tempo de guerra silenciam-se as leis", de Cícero.

A exposição:
"O mundo dos dinossauros", na Cordoaria Nacional, em Lisboa. É a maior exposição europeia sobre este tema (vendo o peixe ao preço que o comprei) e vale a pena ir vê-la. Não lamentei os seis euros que paguei pela entrada. Está montada até ao final do corrente ano. Mas, nos fins-de-semana e feriados, é bom ir cedo, devido à enorme afluência.

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