"O Mundo não é uma herança dos nossos pais, mas um empréstimo que pedimos aos nossos filhos" (Autor desconhecido)

terça-feira, 8 de novembro de 2011

A frase:
"A sorte dos chefes é que os homens não pensam." (Adolfo Hitler, político)

A recordar:
1900 - Nascimento de Margaret Mitchell, escritora. Autora do livro "E tudo o vento levou", que serviu de base a um dos filmes da minha vida. (EUA)
1922 - Nascimento de Christiaan Barnard, cirurgião. Realizou o primeiro transplante de coração do  mundo. (África do Sul)

Gastronomia:
Parte 1:
De há uns tempos para cá que abundam, nos diversos canais de televisão, programas sobre culinária. Nada a apontar sobre o conteúdo dos mesmos. Apenas acho piada ao título dos cozinheiros: "chef". Assim mesmo, um francesismo, como se tivessem vergonha de serem, portuguêsmente, "chefes". Todo o bicho careta que empunhe uma colher e se ponha à frente dum tacho é, automaticamente, "chef". Atenção, nada de confusões, porque se estiver à frente dum tacho e não empunhar uma colher de pau já não é um "chef", mas sim político. Nada de ser cozinheiro, chefe cozinheiro ou mestre cozinheiro. Nada disso. Há que dar uma pincelada de verniz nestes títulos proletários. E um "chef" é um "chef", caramba. Que Diabo. No subconsciente acabamos por catalogar a cozinha francesa como a melhor do mundo. Ora bem, até acredito na qualidade da dita cuja e não discuto a qualidade da mesma. Mas a boa e velha gastronomia portuguesa de certeza que não lhe fica atrás. E, não sei porquê, vem-me à memória o facto de eu ter convivido com a melhor cozinheira do mundo (e arredores): a minha mãe. Será que ela também era "chef", sem eu saber? É que ela, na sua infinita sabedoria doméstica considerava-se, apenas, cozinheira. Talves por isso nunca tenha ido à televisão.
Parte 2:
Está na moda a "cozinha de autor". Que, desde já, dispenso na generalidade. Recuso-me a pagar para passar fome. Sou um adepto incondicional da boa e velha cozinha portuguesa, ou doutras nacionalidades, mas desde que assentes na tradição dos povos. No saber dos sabores apurados  ao l,ongo de gerações. Está bem, pronto, sou um "reacionário culinário". Sem descambar em patriotismos bacocos, não troco uma receita tradicional por nada. E, de Caminha ao Corvo (no tempo da outra senhora era do Minho a Timor) Portugal tem um riquíssimo repositório gastronómico que ombreia com qualquer País e não nos deixa envergonhado. De entradas, peixes, carnes, acompanhamentos, doçaria e frutas, passando por vinhos e digestivos. A terminar esta pequena nota registo com agrado e recomendo a leitura da ficha "Nigella" (folhas 42 e 43) do livro "Dicionário de Coisas Práticas" de Francisco José Viegas (Bertrand Editora, Lisboa - 2011, 215 págs.). É de ler e lamber por mais.
Parte 3:
Chegou a época das castanhas. Uma das grandes riquezas do nosso País. Que nós, citadinos, muitas vezes desprezamos e só nos lembramos das mesmas quando chega o frio e ouvimos o pregão "quentes e boas", também magistralmente cantado por Carlos do carmo. Já que estamos em maré de gastronomia, deixo aqui uma receita transmontana dum doce de castanhas, esperando que não venha nenhum "chef" da "nouvelle cuisine d´auteur" abastardá-la: FALACHAS: prepara-se uma massa com castanhas cozidas e açúcar (ou mel). Envolve-se esta massa em folhas de couve-galega e leva-se ao forno a cozer. Também há a sugestão de se envolver a massa em folhas de castanheiro, onde se misturaram previamente pedaços de porco (já agora bísaro) e, no fim polvilha-se com canela. E pronto. Simples, rápido e eficaz. Apenas acrescento que se trata dum doce típico da freguesia de Moura Morta (Peso da Régua). Fontes consultadas: 1) www.cm-pesoregua.pt / turismo / doçaria regional; 2) Semana gastronómica de Trás-os-Montes - semana de 12 a 20 de Novembro de 1983 - Vinoverde. 

Aconteceu:
Li na imprensa que um aluno na Escola Secundária Miguel Torga, da zona de Sintra, foi incorrecto na aula para com a  professora e com uma colega, etc. e tal. Até deu direito ao Ministro da Educação Nuno Crato opinar que não toleraria no seu consulado, faltas destas, etc. e tal. Dei-me a lembrar que, no meu tempo (hoje estou muito nostálgico), situações destas nem chegavam ao Ministro. Eram logo resolvidas pelo próprio professor. E com bilhetinho para os pais tomarem conhecimento os quais, por sua vez, também tratavam de relembrar ao seu descendente as boas regras da educação. Era a chamada "democracia dos cinco dedos". E, no global, a minha geração nunca teve apoio psicológico, não ficou traumatizada, nem começou a urinar pelos cantos das casas.

Está a acontecer:
Esta noite o asteróide 2005YU55 está a passar entre a Terra e a Lua (23H28, segundo o Público 08/11/2011). Dizem que não há perigo pois o dito "calhau" vai prosseguir a sua viagem cósmica impávido e sereno. Já agora podia largar algum lastro que caísse na Terra e atingisse alguns iluminados que nos escurecem as nossas vidas neste "jardim à beira-mar plantado".

Vai acontecer:
Lançamento do livro "Cruzes de Guerra", de Henrique Pedro. Trata-se dum romance que, segundo o Autor, aborda o fim do Império. A 11 de Novembro próximo, pelas 17H30, no Forte do Bom Sucesso (junto à Torre de Belém). 

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