"O Mundo não é uma herança dos nossos pais, mas um empréstimo que pedimos aos nossos filhos" (Autor desconhecido)

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

O livro:
Fica a sugestão de dois livros, um sobre e outro de Leni Riefenstahl (1902/2003), uma personalidade alemã que atravessou o século XX no pleno. Foi dançarina, actriz de cinema, realizadora cinematográfica, fotógrafa e documentarista da vida subaquática. Entre as décadas de 20 e 80 do século passado, esta mulher, que privou com Hitler e, para ele e para a ideologia nazi, produziu documentários técnicamente consagrados como obras-primas por muitos, começou a sua ascensão na dança, que abandonou em 1923, ingressou no cinema como actriz e acabou a produzir, realizar e a interpretar  o principal papel no filme "A luz azul" , filme este que foi tanto do agrado de Adolfo Hitler que, em 1932, convida-a a realizar os documentários propagandísticos da ideologia nazi. Conheceu aí o seu apogeu, ficando para a História obras como "O triunfo da vontade", entre outras, que culmina com "Olympia", que se reporta à filmagem dos Jogos Olímpicos de Berlim (1936). Com a queda do nazismo, acaba presa mas liberta em 1950. Mais tarde vai para África e fotografa o povo nuba (Sudão) e tribos do Quénia. A sua activiade prolonga-se, posteriormente, em documentários subaquáticos, já ultrapassados os setenta anos de vida. Em 1987 publica as suas memórias. E é sobre esta mulher que chamo a atenção para dois livros interessantes: 1) "Leni Riefenstahl - cinco vidas" de Angelika Taschen (Taschen, Colónia, 2001, 336 págs.) e que se trata de uma fotobiografia de toda a sua vida profissional; 2) "África", de Leni Riefenstahl (Taschen, Colónia, 2002, 560 págs.) que contempla o seu espólio fotográfico que efectuou em África.

A frase:
"Tenho fé nos loucos, mas os meus amigos dizem-me que é autoconfiança." (Edgar Allan Poe, escritor)

Assinala-se neste dia:
1961 - Desvio dum avião da TAP ("Mouzinho de Albuquerque") por um grupo de revoluconários portugueses, liderados por Palma Inácio. O voo comercial, vindo de Marrocos, acabou por sobrevoar Lisboa, onde se lançaram panfletos contestatários à ditadura vigente do Estado Novo, após o que retornou a Marrocos, onde os sequestradores abandonaram o mesmo e requereram asilo político. Terá sido o primeiro desvio de uma aeronave, por motivos políticos, em todo o mundo.

Recomendo:
A leitura do "Inimigo Público", um caderno humorístico que acompanha o diário "Público", às sextas-feiras. Num País que anda triste, neurótico e desorientado, nada como o humor com que semanalmente somos brindados nessas páginas. Diga-se, em abono da verdade, que o "Inimigo Público" funciona, para mim, como o peito duma senhora: é a primeira coisa que os meus olhos buscam no conjunto.

Aconteceu:
Em declarações de Otelo Saraiva de Carvalho, à Agência Lusa, diz o referido senhor, entre outras bacoquices, que: "Para mim, a manifestação dos militares deve ser, ultrapassados os limites, fazer uma operação militar e derrubar o Governo." E, mais à frente, declara que "bastam 800 homens" (para tomar o poder). Bom... eu não vou embandeirar em arco e juntar-me ao coro dos que protestaram contra estas afirmações consideradas, na generalidade, como um atentado à democracia, etc. e tal. Já muitos o fizeram. Mas lembrei-me duma anedota que correu, salvo erro, no período do PREC (e cujo autor desconheço, o que desde já me penitencio), quando ele foi a Cuba, no seu apogeu político-militar e, no regresso dessa viagem, deslumbrado com a revolução cubana e com Fidel  Castro teria dito a frase: "Se eu fosse mais culto poderia ter sido o Fidel Castro de Portugal." Ao que logo as bocas da "reaça" anedotaram que Fidel Castro, ao tomar conhecimento desta frase, comentara para os seus companheiros barbudos: "E se eu tivesse sido estúpido teria sido o Otelo Saraiva de Carvalho de Cuba." Não sei porquê mas, num devaneio, dei-me a concordar com El Comandante.

Vai acontecer:
Actuação do conjunto "Scorpions", uma das minhas bandas favoritas. Uma curiosidade: o tema "Wind of change" tornou-se no hino da Perestroika. No próximo dia 11, pelas 21H00, no Pavilhão Atlântico (Parque das Nações) - Lisboa.



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