Aventureiros, viajantes e exploradores
John Hanning Specke - (Bideford (Devon), 03/05/1827 - Corshan (Wiltshire), 15/09/1864) - Oficial do Exército Britânico e explorador. Em 1844 serve o seu País na Índia, participando na guerra contra os sikhs. Aproveitando a sua estadia no sub-continente indiano percorre os Himalaias e vai ao Tibet. Dez anos mais tarde está em África, onde integra uma expedição liderada por Richard Francis Burton*, com destino à Somália. No entanto, esta expedição redunda num fracasso quando são atacados por tribos somalis, acabando os dois exploradores gravemente feridos e salvos no extremo. John Specke é preso pelos nativos e sofre várias perfurações de lanças e setas, mas consegue mesmo assim escapar, retornando a Inglaterra a recuperar-se. Restabelecido, participa na guerra da Crimeia, na região do mar Báltico, onde algumas nações europeias batalhavam o Império Otomano. Em 1856 encontra-se em Mombaça, de novo com Richard Francis Burton, a fim de explorarem o desconhecido interior africano e tentarem localizar a posição geográfica dos Grandes Lagos Africanos e as nascentes do rio Nilo. Esta expedição foi mais uma epopeia duríssima que os dois exploradores tiveram que enfrentar, a par de ataques de tribos hostis e de animais selvagens, doenças, fome, trilhos desconhecidos, deserção de carregadores e também a de vencerem as desconfianças de muitos povoados que atravessavam, em que para os habitantes era a primeira vez que viam pessoas de pele branca. Era o desbravamento dos caminhos para as Montanhas da Lua**. John Specke acaba, inclusivamente, por ficar surdo dum dos ouvidos, depois dum escaravelho ter entrado dentro do mesmo e que só conseguiu removê-lo espetando, com violência, um objecto pontiagudo no pavilhão auricular. Mais tarde é atingido por cegueira temporária quando estão prestes a atingir o lago Tanganica, do qual serão os primeiros europeus a lá terem chegado (1858). Recolhendo informações sobre a existência doutro lago mais a Norte e por Richard Francis Burton se encontrar bastante doente e refém dum chefe tribal, John Specke prossegue a viagem acabando por atingir o lago Vitória (assim por si nomeado em homenagem à sua Rainha). Depois de efectuadas algumas medições rudimentares, apenas com um termómetro, já que a restante aparelhagem científica se tinha perdido e percorrido parte do lago, John Specke não resiste ao apelo da glória e apressa-se a regressar a Londres (Maio de 1859), onde chega uns dias antes de Richard Francis Burton, onde anuncia ter descoberto, sozinho, a nascente do rio Nilo, um dos mistérios que mais apaixonava os geógrafos da época. Foi o seu momento de glória máxima, que rapidamente acaba contestado por Richard Francis Burton que duvidava de tamanha certeza, atendendo a que as medições do lago Vitória e exploração do mesmo não tinham sido feitas com métodos científicos. A ruptura entre os dois exploradores consuma-se quando se aprestam a apresentar, na Real Sociedade de Geografia de Londres, os seus relatórios (Junho de 1859). Para trás ficavam anos de lutas conjuntas contra doenças, fome, gentios hostis, forças da natureza, animais, climas implacáveis e territórios adversos. Tudo isso ardia na fogueira das vaidades londrinas. Em Outubro de 1860 John Specke, liderando uma expedição financiada pela Real Sociedade de Geografia de Londres e acompanhado doutro explorador, James Grant, parte de Zanzibar em direcção ao Reino do Buganda (actual Uganda). Aqui chegados separam-se, seguindo James Grant para Norte enquanto John Specke segue para ocidente, atingindo de novo o lago Vitória (1862). Percorre-o, agora mais atempadamente, acabando por descobrir o curso do rio Nilo e as quedas de Rippon (Rippon Falls). Reunindo-se de novo a James Grant, seguem para Gondokoro, no Sul do Sudão, onde se cruza com um dos mais famosos exploradores do século XIX, Samuel Baker e a sua esposa Florence von Sass, também ela exploradora e ex-escrava branca que Samuel Baker tinha adquirido num mercado de escravos búlgaros anos antes, aquando das suas deambulações europeias. O casal Baker também tinha sido um incansável perseguidor das lendárias nascentes do rio Nilo. Chegado a Cartum (Sudão), John Specke telegrafa para Londres a comunicar que a nascente do rio Nilo estava definitivamente descoberta. No entanto, novo debate polémico iria abrir-se entre ele e Richard Francis Burton, pois este alegava que, se John Specke não tinha seguido permanentemente o curso do rio desde que ele saía do lago Vitória até Gondokoro, não poderia garantir que o rio que encontrara mais adiante fosse o mesmo. No entanto, o debate entre os dois, marcado para o dia 15 de Setembro de 1864 na Real Sociedade de Geografia de Londres, não chegou a concretizar-se pois, na manhã desse dia, Jonh Specke morreu voluntariamente, no decurso duma caçada na sua propriedade. A sua morte levantou controvérsia, atendendo a que o mesmo era um dos mais famosos exploradores da sua geração, havendo quem levantasse a hipótese de ter sido um acidente de caça. Em homenagem a este desbravador de sertões africanos e descobridor de lagos foi dado o seu nome a uma montanha no Uganda, o monte Specke, local por ele percorrido e onde fora dos primeiros europeus a lá ter chegado.
* Richard Francis Burton: já biografado em mensagem anterior.
**Montanhas da Lua: Na mensagem anterior (11/12/2011) sugeri o visionamento do filme "As montanhas da Lua", onde dava uma explicação da razão de ser deste título fílmico (e geográfico) e do qual o mesmo se reporta às actividades exploratórias quer de Richard Francis Burton, aí biografado, quer de John Hanning Specke, acima referido. Pormenorizo um pouco mais este nome: Nome mítico histórico-geográfico, originado no II Século DC, quando o egípcio Cláudio Ptolomeu afirmou que o rio Nilo - o Rio de Deus - nascia nas Montanhas da Lua. Após múltiplas expedições europeias, que remontam desde o Império Romano, só em meados do século XIX, depois de desencadeado o "Scramble for Africa", é que se veio a determinar a localização destas montanhas, aquando da busca incessante das nascentes do rio Nilo, localizando-as na cadeia de Ruwenzori, numa zona geográfica compreendida, actualmente, pelos países Uganda, Ruanda e Burundi. O facto do interior africano ser desconhecido para os europeus até ao desencadear da sua exploração, foi o alimentador principal da persistência deste nome mítico, durante cerca de dezassete séculos.
Livro
"Ébano - febre africana", de Ryszard Kapuscinski (Campo das Letras, Porto, 2002, 363 págs.). Ryszard Kapuscinski (1932/2007) foi um jornalista e escritor polaco que viajou por diversas partes do mundo, no exercício do seu mister. Apaixonada por África, devido à sua constante presença nas décadas de 60/70/80 neste continente, foi testemunha viva e participativa do findar do colonialismo europeu e do nascimento do neo-colonialismo euro-africano. Travou amizades com diversos líderes políticos e militares, assistiu a dezenas de golpes de estado e escapou a quatro sentenças de fuzilamento. Uma vida de mão-cheia de histórias. Considerado um dos maiores repórteres do mundo de então, tendo sido considerado, no seu País, como o jornalista do século XX, deixou várias obras escritas, entre as quais esta minha sugestão que, só pelo breve traço biográfico do autor aqui descrito, decerto despertará o interesse na sua leitura. O livro, em jeito de memória, reporta-se a impressões colhidas durante o seu périplo por diversos países africanos e das pessoas com quem se cruzou. Como o próprio diz: "Este não é assim um livro sobre África, mas sim sobre algumas pessoas de lá, sobre o encontro que tive com elas, o tempo que passámos juntos." Mas também é o relato das suas viagens aventurosas por esse continente que, segundo o próprio: "É um continente demasiado grande para ser descrito." Memória de aventuras que viveu, de percalços que sofreu, de pessoas com quem se cruzou e falou, à boa maneira africana, debaixo duma árvore. Um olhar humano sobre as gentes deste continente, dum europeu que foi mais africano que muitos africanos.
Música
Os "Pink Floyd" são uma das minhas bandas favoritas, para não dizer mesmo a minha banda favorita e, tornando-me repetitivo, para não dizer mesmo que, para mim, eles são "A Banda" e o resto é conversa, exageros à parte. Nascidos em meados da década de 60, lograram fundir o estilo rock com o sinfónico, incrementando o "rock sinfónico". Em 1966 Roger Waters e Roger Sid Barret juntaram-se a Rick Wright e a Nick Manson e formaram uma banda britânica que espantaram o mundo quer pela maviosidade dos acordes que inculcavam nos seus instrumentos, quer pelas letras contestatárias que integravam os mesmos, quer ainda pelo estilo de actuação nos palcos, uma revolução que passava pelo uso de iluminação psicadélica (ou não estivessem a atravessar a época do apogeu do psicadelismo), libertação de fumos (hoje tão vulgarizada), bonecos suspensos a atravessarem o palco. Até finais dessa década os "Pink Floyd" formam-se no firmamento musical como uma banda de culto, criando um som instrumental específico, que fazia-nos parecer que estávamos a navegar pelo espaço sideral, som esse em grande parte motivado pela iniciativa do uso de sintetizadores. O caminho, em plano inclinado, para a loucura do genial Sid Barret culmina com a sua saída do grupo, para desintoxicações sucessivas por abuso de drogas. Eram os tempos do império do LSD, alucinogéneo poderoso que abria, quimicamente, as mentes a novos caminhos do som e das cores. A busca dum substituto acaba por recair em David Gilmour (1968). O grupo perde um pouco da ingenuidade dos acordes de sons planadores mas ganha em maturidade tecnicista conseguindo, apesar de tudo, manter a sua linha segmentária da sonoridade sinfónica que, no fundo, é a sua marca registada e faz parte do seu ADN musical. Para além de lançamentos de álbuns, como "The piper at the gates of dawn" (1967) e "Ummagumma - vol. I e II" (1969) e de actuações ao vivo, assumem a banda sonora de filmes, tais como "More" (1969) e "Deserts of souls" (1970). A entrada na década de 70 leva-os a publicar mais um álbum "Medle" (1971) e o documentário musical "Pompeii - The Director´s cut" (1971), mas é em 1973 que é parido o melhor álbum desta banda e, para mim, o melhor de todos os álbuns do século XX: "The dark side of the moon". Um disco mágico, carregado duma sonoridade intemporal e que é já um clássico transversal a todas as gerações e um dos mais vendidos de todos os tempos. Descontando o exagero, penso que quando a Terra for inabitável e os nossos descendentes partirem para outras galáxias levarão este disco na bagagem e ouvi-lo-ão durante a viagem. Estaremos todos cá para ver se tenho razão ou não. Bom, voltando à realidade, três ou quatro anos mais tarde começa o princípio do fim deste grupo, com o seu fundador Roger Waters a entrar em litígio com os restantes elementos e, também ele, a caminhar para o penoso caminho da loucura, naquilo que parecia ser o estigma desta banda. No entanto, os álbuns "Wish you were here" (1975) e "Animals" (1977) mantêm a chama da genialidade a brilhar. A megalomania de Roger Waters, a querer a ssumir à força o patronato total da banda, afunda-o e afasta-o cada vez mais dos restantes companheiros. Litiga com os mesmos e só com prolongadas negociações é que permitem os "Pink Floyd" retornarem à ribalta, mas já sem este fundador (1986). "The wall" será o canto do cisne e, liderados por David Gilmour, efectuarão tournées mundiais, onde Lisboa esteve na rota, e que resultarão em álbuns, tal como "A delicate sound of thunder" (1988).
Documentário
Ver a actuação do grupo de danças "Riverdance" é puro prazer orgásmico. Hoje, a pesquisar a minha videoteca retirei um DVD deste grupo e revi "Live from New York City", que são 100 minutos de pura magia dançarina, coreográfica e musical. Na arte dançarina, melhor que aquilo é difícil.
Gostei
Leio no Diário de Notícias que: "A Bertrand Chiado, em Lisboa, foi este ano distinguida pelo "Guiness" como a livraria mais antiga do mundo ainda em actividade. Eça de Queiroz, Alexandre Herculano, e Aquilino Ribeiro ... todos aqueles escritores foram seus clientes." Fundada em 1732 ainda hoje mantém as portas abertas ao público. Parabéns. E também não nos devemos esquecer da Livraria Lello & Irmão, no Porto, considerada uma das mais belas do Mundo. Dá gosto.
Recomendo
Uma visita ao "Fluviário de Mora", o primeiro grande aquário de água doce da Europa. Localizado no Parque Ecológico do Gameiro - Cabeção, concelho de Mora, foi inaugurado em 21 de Março de 2007 tendo, ao longo da sua vivência, sido distinguido com diversos prémios, quer museológicos quer arquitectónicos. Pessoa amiga aconselhou-me a ir visitá-lo e em boa-hora segui a sua opinião. Um conselho: almoçar num qualquer restaurante da zona e provar uma especialidade local, tal como migas de espargos, por exemplo. De evitar a sopa de cação (outra especialidade local), não porque não deva de ser boa, mas porque é um animal em riscos de extinção.
Associação
A "Quercus", palavra latina para "carvalho" (espero não me ter enganado a escrever) é uma associação ambiental que hoje elejo. Sendo uma das principais organizações de defesa ambiental do nosso País, são activos, com diversos programas pedagógicos, com iniciativas abrangentes para qualquer pessoa e gerindo três centros de recuperação de animais selvagens. Porque não começar por consultar o "site" deste organismo? Quem sabe se alguém não acaba por voluntariar-se nalgum programa deles, ou a fazer-se sócio ou mesmo a apadrinhar um animal selvagem.
Uma pergunta
Uma equipa de arquitectos holandeses teve que pedir desculpas por ter projectado, para o centro de Seul (Coreia), um par de torres gémeas, que faziam lembrar as nova-iorquinas que sofreram os atentados do "11 de Setembro", maqueta essa que originou os protestos dos familiares das vítimas (Público). Vamos lá a ver se começamos a exorcizar estes fantasmas do "11 de Setembro" e não castremos a criatividade de qualquer tipo de actividade humana em nome dum trágico acontecimento, que o foi sem dúvida, mas que faz parte da História. É passado. Já cheira mal tanto choradinho. Quantas "torres" por esse Mundo fora já não foram destruídas, ao longo da História da Humanidade? E várias delas por participação directa dos Estados Unidos. E, já agora, vem-me a talhe de foice uma pergunta: será que essas pessoas que protestaram contra esta maqueta, também subscrevem protestos contra o Governo americano por ter financiado, ou apoiado, ou ficado quedo e calmo sobre o outro "11 de Setembro"? Não se lembram de qual? O de 1973, que derrubou, em sangue, o governo chileno de Salvador Allende, eleito democraticamente e que acabou por dar lugar a uma feroz ditadura militar presidida por Augusto Pinochet. Já se esqueceram dos estádios de futebol chilenos cheios de presos políticos, vários deles depois fuzilados? Não reclamam deste "11 de Setembro"? Ambos foram tragédias, ambos ceifaram vítimas inocentes, ambos são de lamentar. Mas, tal como não foi impeditivo que, posteriormente, pelo Mundo se fossem construindo novos estádios de futebol, também não devemos imnpedir que se construam novas torres.
Aconteceu
Descobertas 208 novas espécies animais e vegetais, na bacia hidrográfica do rio Mekong, na Ásia (Público). Esperemos que não desapareçam em breve, face à actividade humana.
A Igreja Católica, nas Filipinas, pretendendo que os seus fiéis seguissem a tomada de posse dum Bispo, via "net", por lapso enviou para os seus devotos um "site" pornográfico (DN). Errar é humano, mesmo quando se pensa que se está sob protecção divina. Ou será que Deus também queria ver sexo?
Está a acontecer
Entre os dias 10 e 24 deste mês de Dezembro circula, na baixa alfacinha, um autocarro movido 100% a energia eléctrica e construído em Portugal, para transportar, gratuitamente, todos aqueles que pretendam fazer as suas compras na baixa, entre a Praça do Comércio/Martim Moniz/Praça da Figueira/Rossio/Praça do Comércio. Uma iniciativa interessante. Pena não ser durante todo o ano ou, pelo menos, nas quadas festivaleiras: Carnaval, Páscoa e Santos Populares. Mas é um princípio.
Vai acontecer
Lançamento do livro "Cinema no Estado Novo - a encenação do regime", de Patrícia Vieira (Edições Colibri). Dia 16 de Dezembro, às 19H30, na Livraria Babel da Cinemateca Portuguesa (Rua Barata Salgueiro), em Lisboa.
Lançamento do livro "Em nome da Pátria" de João José Brandão Ferreira (Publicações Dom Quixote). Dia 19 de Dezembro, às 18H00, no restaurante Jardim da Luz (Largo da Luz), em Lisboa.
Memória da semana
12/12/1863 - Nascimento de Edward Munch, pintor expressionista norueguês. Dos diversos quadros da sua autoria, um deles, "O grito", pintado em 1893, atingiu o valor estimado em 1.300.000 US$, estando considerado um dos ícones culturais de sempre.
12/12/1901 - Pela primeira vez na história mundial das comunicações é enviada, pelo físico Guglielmo Marconi, uma mensagem sem fios através do Oceano Atlântico e ligando duas placas continentais quando, na Cornualha (britânica) enviou o código morse da letra "S" para Terra Nova (canadiana), acabando por calar, de vez, os seus detractores que diziam que a curvatura da Terra impossibilitaria a recepção da mensagem. Foi-lhe atribuído o Prémio Nobel da Física em 1909.
12/12/1913 - A Polícia recupera, em Florença (Itália), o quadro "Mona Lisa", pintado em 1503 por Leonardo da Vinci, o qual tinha sido furtado dois anos antes do Museu do Louvre, em Paris (França), por Vincenzo Peruggia. Este alegou que o fizera por motivos patrióticos, ao querer retornar para Itália peças levadas à força por Napoleão Bonaparte.
12/12/1915 - Nascimento de Frank Sinatra, que ficou na história da música com o cognome "The Voice" tendo, também, sido actor de cinema (cerca de 60 filmes) e apresentador de televisão. Vencedor de múltiplos prémios (Óscar, Grammys, Globo de Ouro) e com duas estrelas no "Passeio da Fama" (carreira de televisão e música) teve uma vida plena, que terminou em ataque cardíaco (1998). Disse: "Só se vive uma vez e, do jeito que eu vivo, uma vez é suficiente."
13/12/1521 - Morre, em Lisboa, o Rei português D.Manuel I, que passou à História com o cognome de "Venturoso", por ter sido no seu reinado que uma armada lusa, comandada por Vasco da Gama, chegou à Índia e porque o domínio desta rota marítima trouxe para o Reino inúmeras riquezas. Que, diga-se de passagem, ele se apressou a delapidar sem cuidar onde.
13/12/1937 - Ocorre o Massacre de Nanquim. No decurso da guerra sino-japonesa, neste dia a cidade chinesa de Nanquim cai nas mãos do Exército japonês. O General japonês Matsiu Iwana ordena às suas tropas a destriução da cidade, a fim de criar o terror psicológico no seio da população chinesa. Em resultado disso, foram massacrados cerca de 150.000 prisioneiros de guerra e 50.000 civis e sucederam-se 20.000 violações em mulheres (os números são aproximados). Nenhum governo japonês assumiu, até à data, o reconhecimento deste genocídio.
14/12/1503 - Nascimento, em França, de Nostradamus. Médico e escritor, foi na astrologia que entrou para a História ao legar as suas profecias. Dizem os seus seguidores que ele profetizou o apocalipse terrestre para 2012.
14/12/1911 - O explorador norueguês Roald Amundsen é o primeiro humano a atingir o Pólo Sul.
14/12/1918 - Assassinato de Sidónio Pais, Presidente da República portuguesa, na estação do Rossio, em Lisboa. "Morro bem, salvem a Pátria." terão sido as suas últimas palavras, a fazer fé no relato do jornalista Reinaldo Ferreira, que se debruçou sobre o mesmo logo após o atentado. Reinaldo Ferreira foi o célebre "Repórter X", jornalista, escritor ("Memórias de um ex-morfinómano", p.ex.) e pai do poeta com o mesmo nome. Sidónio Pais tinha tomado o poder um ano antes, após um sangrento golpe militar, e inaugurado a "República Nova", em oposição à "República Velha" nascida em 1910, e dera um cunho vincadamente presidencialista à sua actuação.
14/12/1955 - Portugal ingressa na ONU, como membro de pleno direito.
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