"O Mundo não é uma herança dos nossos pais, mas um empréstimo que pedimos aos nossos filhos" (Autor desconhecido)

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Henry Morton Stanley

Aventureiros, viajantes e exploradores
Henry Morton Stanley - (Denbig (País de Gales), 28/01/1841 - Londres, 10/05/1904) - Jornalista e explorador. Depois de uma infância atribulada de fome e privações, sem saber dos seus familiares e passada, grande parte dela, num internato para pobres até aos 15 anos de idade, em 1859 emigra para os Estados Unidos da América, onde acaba por participar na Guerra Civil que varreu aquele País, primeiro no Exército Confederado (sulista) e, depois, desertando para o Exército Federal (nortista), onde presta serviço na Marinha de Guerra de onde acaba, também, por desertar. Abraçando o jornalismo, realiza diversas reportagens que começam a torná-lo conhecido até que organiza uma incursão ao Império Otomano (turco), onde é feito prisioneiro. Depois de liberto, sob pesado resgate, acaba contratado, em 1869, como jornalista correspondente do "New York Herald", na altura liderado por James Bennet. Fruto do misterioso desaparecimento de David Livingstone, algures na África Central  e, depois de goradas algumas tentativas britânicas de o encontrar, James Bennet ordena a Henry Morton Stanley que o tente localizar, pelo que este organiza uma imponente expedição que, em 1871, sai de Zanzibar para o interior africano levando, na sua equipa, Sidi Mubarak Bombay. A 10 de Novembro de 1871 (há quem atribua a data de 28 de Outubro), depois de percorridos cerca de mil e quinhentos quilómetros numa violenta viagem pedestre, em duzentos e trinta e seis dias, Henry Morton Stranley atinge Udjiji, na Rodésia do Norte (actual Zâmbia) e localiza, aí, David Livingstone. Ficou célebre, para a História, a sua primeira frase inquiridora, quando o avistou: "Dr. Livingstone, I presume?" . Esta simples frase, na época, representou a consagração africana de Henry Morton Stanley e, verídica ou não, a verdade é que ainda hoje ela circula nos anais, sendo repetida até à exaustão e acabando por simbolizar o atingir um objectivo final depois de muitas dificuldades, à semelhança da frase "Levar a carta a Garcia." Fica com David Livingstone algum tempo, aproveitando para explorarem o lago Tanganica, após o que se separa do missionário e regressa à Europa. Os seus caminhos não mais voltarão a cruzar-se por falecimento de David Livingstone. Em 1874, de novo ao serviço do jornal "New York Herald" e em parceria com o britânico "Daily Telegraph" realiza uma portentosa viagem que vai unir o Oceano Índico ao Atlântico, ao tentar determinar, ao certo, o curso do rio Congo, um dos últimos grandes mistérios da geografia africana. Saído de Zanzibar, em Novembro de 1874, leva consigo três europeus - Frederik Baker e os irmãos Edward e Frank Pocoke - e cerca de trezentos nativos africanos, com a função principal de carregadores; e um barco, o "Lady Alice", este dividido em três secções para mais fácil transporte, principalmente em locais onde fosse necessário transpôr cataratas. Depois de 999 dias duma viagem, que foi outra descida aos infernos, tamanhas e tais as dificuldades que ele e os que findaram a mesma tiveram de enfrentar (fome, frio, calor tórrido, combates com gentios hostis, doenças, traições, deserções de carregadores e de equipamento, toda a espécie de animais, principalmente os venenosos) a 09 de Agosto de 1877, Henry Morton Stanley atinge Boma, um posto situado no (então) Congo português. Tinha conseguido levar ao fim o seu propósito, mas deixando no caminho, por terem falecido, os outros europeus que consigo tinham iniciado a viagem, bem como mais de dois terços dos nativos, na maior parte por deserção ou morte. No decurso da mesma provara que o lago Tanganica não era a nascente do rio Nilo e determinara que, daí, partia o rio Lukuga, afluente do rio Lualaba e que este era, afinal, o mítico rio Congo; bem com tinha circum-navegado o o lago Tanganica e descoberto o rio Shimeeyou. Estava resolvido o mistério do rio Congo, desde a sua nascente à foz e a ciência geográfica africana conquistava mais pontos. (Sobre esta viagem existe uma reconstituição recente feita pelo jornalista Tim Butcher, a que já aludi anteriormente, e que deu origem ao livro "Rio de sangue", da sua autoria). De Boma regressa a Zanzibar, agora via marítima e, daí, retorna a Londres, onde é recebido com as honras apenas devidas a heróis nacionais. De seguida, em 1879, presta os seus serviços ao Rei Leopoldo II, da Bélgica, um dos maiores predadores de terras africanas que há memória, criador do Estado Livre do Congo (futuro Congo Belga e actual República Democrática do Congo), território imenso este que não passava da coutada real africana.  Ainda ao serviço deste Rei belga, Henry Morton Stanley organiza, em 1886, uma expedição de socorro ao Emir Pascha, Governador sudanês e, no regresso desta expedição, descobre o lago Edward (1888), pertencente à cadeia dos Grandes Lagos Africanos. Esta expedição trouxe inúmeros amargos de boca para este explorador pois, para além da mesma não ter atingido, no pleno, os seus objectivos também, se bem que eventualmente à sua revelia (nunca se apurou ao certo) no regresso da expedição foi comprada, por europeus que a integravam, uma rapariga com cerca de 12 anos de idade e entregue a mesma a canibais, que a cozeram e a comeram, tendo tal acto sido documentado pelos europeus, para verem como os canibais se comportavam neste acto antropófago. Nos seus últimos anos de vida, passados em Londres, ainda exerceu funções de deputado, no Parlamento, tendo sido condecorado como "Cavaleiro da Ordem do Banho" (1899). Publicou diversos livros, entre os quais "As minhas primeiras viagens", "Aventuras na América e na Ásia", "Como eu encontrei Livingstone" e "Viagens, aventuras e descobertas na África Central", este último já por mim referido anteriormente. Passou à História como um dos mais importantes exploradores do continente africano (e foi-o sem dúvida alguma), a par dum David Livingstone ou Richard Burton (entre outros).  No entanto, fruto dos tempos que atravessou, da mentalidade vitoriana e das dificuldades que viveu, era cruel, despótico e não olhando a meios para atingir os seus fins, escravizando os negros em trabalhos forçados e fazendo jus ao seu cognome africano, o "Bula  Matari" (traduzido:"o que parte pedras"), do qual tinha bastante orgulho e que foi colocado na sua lápide.

Nota: Os nomes sublinhados reportam-se a pessoas já por mim biografadas anteriormente. 

Livro

Agostinho da Silva (1906/1994), poeta, ensaísta, professor e filósofo, foi um homem multifacetado, que viajou por várias partes do mundo, mas a sua principal formação deveu-se às escolas que frequentou em Portugal, na França e no Brasil, sendo este último País o da sua eleição, onde ele dizia que o "brasileiro era o português à solta". Pedagogo de primeira água, na década de 40 editou, por sua iniciativa e em Lisboa, os "Cadernos de Informação Cultural", quinzenário popular onde, numa escrita simples e acessível a qualquer leitor de formação escolar primária, divulgava todo um saber polivalente duma enciclopédia em pequenos cadernos a custo reduzido. É sobre estes cadernos que, não em livro mas mais em jeito de sebenta, que falo sobre a publicação de dois trabalhos biográficos saídos da pena deste mestre, que são: "As viagens de Livingstone" (Edição do Autor, Lisboa, 1944, 32 págs.), no qual aborda a saga de David Livingstone por África e "As viagens de Stanley" (Edição do Autor, Lisboa, 1942, 20 págs.), referentes a Henry Morton Stanley, acima referido. Não sendo duas obras de referência para historiadores de peso não deixa, no entanto, de ser interessante a sua leitura, até para nos apercebermos como se aprendia na quela altura.

Disco

Adoro ouvir músicas da autoria de Hans Zimmer (1957), compositor alemão que tem feito a banda sonora de inúmeros filmes (contei uma quinzena). Destaco aqui a banda sonora dos filmes "Tears of the Sun" e "Mother Africa - the power of one", metragens estas que se reportam à temática africana. Em audição permanente no Youtube, a qualquer hora do dia ou da noite, num computador perto de si. 

Filme

Nestes dias frios que, felizmente, se vão instalando nas nossas terras, nada como avassalar-me à bendita preguiça e prazenteirar-me, semi-deitado no sofá, saboreando um café quente e revendo um bom velho filme como, por exemplo, o "Dr. Jivago". É um dos filmes da minha vida. Acho mesmo que já não se fazem filmes como este (lá vem a conversa de velho). Bom, mas o "Dr. Jivago" é um filme que dá gosto rever. Baseado na obra de Boris Pasternak e realizado pelo Mestre David Lean e com os principais papéis magistralmente desempenhados por Omar Sharif (que saudades) e Julie Christie (que sonho), com uma banda sonora fabulosa composta por Maurice Jarre, retratando uma história de amor em tempo de revoluções e guerras, são 190 minutos de puro e orgásmico prazer.

Gostei

Manoel de Oliveira completa a bonita idade de 103 (isso mesmo - 103) anos no próximo Domingo (11 de Dezembro) e tenciona, no ano que se avizinha, rodar mais um documentário e uma longa-metragem. Lembro-me de, meio a a sério meio a a  brincar, há muitos anos dizer aos meus filhos: "se não comerem a sopa ponho-vos a ver um filme do Manoel de Oliveira" e eles, no gozo, engolirem-na a todo o vapor. Independentemente de gostarmos ou não dos seus filmes, a verdade é  que a assiduidade laboral deste decano mundial dos realizadores cinematográficos é um exemplo para todos os nós. Porque parar é morrer. Parabéns e obrigado, Manoel de Oliveira. Domingo, haja sopa ou não, vou ver "Non, ou a vã  glória de mandar".   

Lembro-me de, em rapaz, haver uma piada bacoca que se lançava às raparigas magras que passavam na rua e sobre as quais se comentava "Aquela não passava por Guimarães". Durante o meu tempo de rapazola nunca percebi o sentido desta frase até que, mais tarde (daaaahhhh) vim a saber que a cidade-berço era famosa pelas suas múltiplas fábricas de cutelaria e que, no antigamente (e ainda hoje) os cabos dos talhares eram feitos a partir de ossos. Daí a piada(?) à magreza das mulheres, de apenas terem pele e osso.  Era o tempo da "chicha pura, que gordura é formusura". Leio hoje (DN Globo) que talhares vimaranenses estão a ser exportados para todo o mundo, fruto do aperfeiçoamento de novas tecnologias, desenho e materiais. Fico satisfeito. E também por ver que as mulheres magras continuam a passar nas ruas. Afinal, foi  mais um mito da minha adolescência que feneceu. Antes isso que as magras.

Lamento

Toda a história rocambolesca do dito "Estripador de Lisboa", vinda a lume ultimamente. Nada mais há a acrescentar para além do que já foi escrito, por exemplo, por José Pacheco Pereira na sua crónica titulada "A miserável história falsa do estripador" (Sábado, nº 397), com a qual concordo na íntegra. Foi tudo lamentável: o pai mitómano, o filho feito bufo de pacotilha na vã glória duns minutos "andywharolianos", a jornalista de ar intelectualóide feita numa "expert de serial killers" (foi mesmo "loira"), o jornal a parangonar o que as autoridades não tinham descoberto em vinte anos, as televisões a comerem-se na abertura dos noticiários, pondo os pivots a pavonearem-se e, no final de toda esta linha de montagem de tristes figuras... todos aqueles parvos anónimos que, sedentos de histórias macabras que metam sangue e sexo, ficam ávidos a verem as notícias e dando palpites morais e judiciais. Sem perceberem nada do assunto.

Recomendo

A leitura (e não só mas também a aquisição) da revista mensal "National Geographic Portugal", da qual sou leitor assíduo há muito tempo. Um espectáculo de revista, com informação rigorosa, fotografias fabulosas, escrita num português fluente, sem gralhas e com uma apresentação muito cuidada, a começar pela capa. Através desta revista, que reputo do melhor que há em Portugal, viajo pelo Mundo sem erros de navegação. Custa o mesmo que um maço de tabaco e não prejudica a saúde. Pelo contrário.

Nota: Esta recomendação é puramente opinativa, não sendo subjacente à mesma qualquer intuito publicitário remunerado, pelo que a mesma não pode ser usada  para outros fins.

Associação

Não sendo uma associação não deixo de falar no gatil/canil da Câmara Municipal de Lisboa. Lembro-me de, há muitos anos, ter visitado o mesmo que, se não me falha a memória, ficava para os lados do Campo Grande. Lembro-me dos animais estarem em péssimas condições de "sub-sobrevivência" e de falar-se de passarem fome. Não havia verbas ou havia falta de sensibilidade dos responsáveis de então. Visitei as instalações actuais, em Monsanto e... saí de lá com dois rafeirolas que vieram aumentar o meu agregado tribal. Pelo que reparei, os animais estavam tratados e, dentro do possível, em condições sanitárias e de espaço aceitáveis, imperando a higiene. Não sendo um especialista em ambiente animal, esta mudança de localização e novas instalações, para o que era é, para mim, um exemplo de grande avanço civilizacional (como está na moda agora dizer-se). Pode-se adoptar gratuitamente animais, dentro de certas regas e a Câmara oferece a identificação electrónica (chip), bem com o a desparazitação e esterelização. Que Diabo, para quê comprar um animal quando se pode ter um de borla?  E há-os para todos gostos e feitios. Mas é bom lembrarmo-nos que um animal adoptado é... para toda a vida. Dele ou nossa. Porque há duas coisas na vida que nunca devemos trair: o nosso animal de estimação e o nosso clube desportivo. Tudo o mais... logo se vê.

Imbecilidades

Não acreditei e tive que reler. O Presidente da Coreia do Sul, o sr. Lee Myung-Back, vai usar cuecas térmicas no Inverno, como forma de contribuir para a poupança de energia do País (???) e até já comentou que o uso das mesmas lhe causou um desconforto inicial (Sábado, nº 397). Mas... isto de usar cuecas dá direito a comentários presidenciais? Será que não acontece nada de importante naquele País? Não sei porquê, lembrei-me do nosso Venerando Chefe de Estado a comentar o olhar meigo das vacas, numa visita que fez aos  Açores. Pois eu, à boa maneira "tuga", também vou dar o meu contributo "cuecal" para a poupança de energia no meu País. Tenho uma solução magistral. Não, não vou usar as ditas térmicas - que são mais caras (nem as encontro "marteladas" na Feira do Relógio ou de Carcavelos) e produzem um aumento de emissões de carbono (é bonito dizer isto, não é?). E qual é a solução? Simples: peido-me. É ecológico, calorento e biodegradável. E, num esforço nacional, a todos clamo, plagiando  distorcidamente uma frase comunista: "Portugueses de todo o Mundo, peidai-vos." 

"Um alemão quer multar Bento XVI por não usar cinto no papamóvel." (Sábado, nº 397). Só pode ser mesmo por gozo. Porque senão... voto nele para "Imbecil 2011".

Uma pergunta

Leio (DN Economia) que o calçado português está na moda, respira saúde e exporta-se bem e que até mulheres como Michele Obama e Paris Hilton usam-no. Da Michele Obama não tenho dúvias mas... uma pergunta: será que a Paris Hilton sabe para que servem os sapatos? Não correrá o risco de confundir o salto com um vibrador manual e o corpo do sapato com um copo? 

Aconteceu

A Gulbenkien e o Centro Nacional de Cultura homenagearam, no passado dia 06 de Dezembro, Gonçalo Ribeiro Teles, 89 anos duma vida cheia. Mais que justa a homenagem a este arquitecto paisagista, professor, político, pensador e pedagogo mas, acima de tudo, um ecologista defensor intransigente do equilíbrio entre o Homem e a Natureza. A ele devemos a existência de reservas agrícolas e ecológicas, os jardins da Gulbenkian e de Amália Rodrigues (ambos em Lisboa), entre muitas outras coisas. Mas, acima de tudo, todos nós lhe devemos a pedagogia de nos ter ensinado a coragem duma postura vertical na defesa de princípios e valores importantes. Que falta nos fazem Homens deste quilate.

Está a acontecer

A vila de Óbidos volta a recriar a Vila Natal, à semelhança do ano passado. O evento durará de hoje (08 de Dezembro) a 03 de Janeiro próximo. Uma excelente oportunidade de voltarmos aos nossos tempos em que a inocência ainda não estava perdida.

Vai acontecer

Entre os dias 11 e 18 de Dezembro corrente o Bairro Alto, em Lisboa, comemora com diversos eventos os seus 498 anos de existência oficial. Nasceu a 15 de Dezembro de 1513.

Três arquitectos - Siza Vieira, Souto  Moura e Alcino Soutinho - recebem um doutoramento "honoris causa" pela Universidade de Aveiro, no próximo dia 15 de Dezembro. Para os mais distraídos: são três consagrados arquitectos a nível mundial. Novamente para os mais distraídos: são portugueses.

Memória da semana

06/12/1185 - Morre, em Coimbra, D. Afonso Henriques, o "Pai da Pátria".

07/12/1924 - Nasce, em Lisboa, Mário Soares. Opositor, desde a década de 40, do Estado Novo, após a instauração da democracia, exerceu os cargos de Ministro, Primeiro-Ministro e Presidente da República, para além de ter sido parlamentar nacional e europeu. Figura incontornável da História de Portugal na segunda metade do século XX, ainda hoje exerce, no pleno, o seu direito de cidadania. A ele se deve, fundamentalmente, o ter contribuído para evitar que o País resvalasse para uma nova ditadura, no decurso do PREC, responsabilidades na descolonização e a entrada de Portugal na CEE (actual União Europeia).

08/12/1720 - É fundada, por D. João V, a Academia Real de História, em Lisboa (actual Academia de Ciências de Lisboa).
08/12/1894 - Nasce, em Vila Viçosa, a poetisa Florbela Espanca. Tendo-se voluntariado na morte aos 36 anos, depois duma vida atribulada e de sofrimento, toda a sua obra poética foi compilada por Guido Batelli num volume que titulou de "Sonetos completos", quatro anos após o seu passamento. Das várias homenagens que lhe têm sido efectuadas ao longo dos tempos, destaco a dos "Trovante", que musicaram um poema seu: "Ser poeta".

Foi dito

"Os que morreram antes de Cristo nunca o souberam." (anónimo).

"Antes morrer livres que em paz sujeitos." .Frase que, sendo presentemente o lema oficial da região Autónoma dos Açores, foi escrita por Ciprião de Figueiredo, corregedor daquele arquipélago, numa carta que, em 1582, endereçou ao Rei Filipe II de Espanha (I de Portugal) recusando, deste modo, submeter-se à soberania castelhana.

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