Historiando Moçambique Colonial
Dom Estevão de Ataíde - (? / 1613) - Capitão-Mor e Governador de Moçambique. Em 1606 é nomeado Capitão-General de Moçambique e Conquistador do Trino do Monomotapa. A sua brilhante capacidade de liderança ficou patente na tenaz resistência que opôs, com êxito, a dois cercos que os holandeses impuseram à ilha de Moçambique, em 1607 e 1608, acabando estes derrotados. No decurso da sua actividade governativa expedicionou militarmente ao reino do Monomotapa e criou as fortalezas militares de Luabo, Santa Cruz, Quelimane e São Sebastião de Cabora-Bassa, para além de ter incrementado e desenvolvido várias feiras contando-se, entre elas, a de Massapa.
Tendo governado o território entre 1607 e 1609, volta a exercer o mesmo cargo em 1611, depois de ter prometido ao Vice-Rei da Índia, Rui Lourenço de Távora, que conquistaria as minas de prata do Reino de Chicova. No entanto não acabou o seu mandato pois foi acusado pelo Governo da Índia, de quem ainda os governantes moçambicanos dependiam, de contrabando e fuga ao fisco. Viu os seus bens a serem arrestados na totalidade, numa sindicância efectuada contra si, levada a cabo pelo Juiz Desembargador Francisco da Fonseca Pinto. Pobre e doente, morreu na ilha de Moçambique, tendo sido sepultado na capela-mor da Igreja de São Paulo, por lhe ter sido recusado sepulcro na capela de Nossa Senhora do Baluarte, como era apanágio a todos os capitães e demais figuras gradas do território. Sobranceira à porta da sacristia da capela-mor da Igreja de São Paulo encontra-se uma janela fingida, na qual se encontra, no vão da mesma, uma pedra epitáfio com a seguinte inscrição: "Aqui jaz Estêvão de Atayde Capitao que foi duas vezes desta fortaleza que defendeo de dois cercos que teve dos olandeses e geral da conquista e das minas de prata. A quem a Compª recebeo. Faleceo neste colgº aos 8 de Outubro de 613. Posta anno de 1633." A encimar o epitáfio encontra-se, em relevo, o escudo dos Athaídes, composto por cinco barras atravessando o escudo da direita para a esquerda.
Baltazar Pereira do Lago - (? - ilha de Moçambique, 03/07/1779) - Capitão-General de Moçambique. Foi o governante que mais tempo esteve à frente daquele território, tendo o seu governo durado treze anos e nove meses, entre 1765 e 1779. Também conhecido como o "Marquês de Pombal de Moçambique" a sua actuação sobressaiu no meio da apatia crónica que assaltava grande parte dos governantes daquelas terras, sendo um dos mais dinâmicos e prolíferos políticos que dirigiu Moçambique, facto a que não terá sido alheio a sua longevidade como governante.
Desassombrado e sem complexos, em 1776, após o falecimento do Secretário do Governo, informa Lisboa que não nomeava substituto por não encontrar, em Moçambique, pessoa honrada e verdadeira. Atacou sempre que pôde a corrupção e a imoralidade que estavam sobejamente instaladas na sociedade colonial, tanto a do poder laico como a do poder clerical, não hesitando em demitir, suspender ou deportar quem se atravessasse à sua frente. Relate-se, a título exemplificativo, um ofício por ele dirigido ao Governador de Inhambane, aquando duma sublevação liderada por muçulmanos: "... não me poupe pólvora a Sua Majestade; ande-me com a cabeça dos mouros para as bocas das peças e não se meta com as suas mulheres porque então castigarei Vossa Mercê...".
Na ilha de Moçambique introduz obras de melhoramentos no Palácio de São Paulo, no Colégio São Francisco de Xavier, no Hospital Militar que amplia com mais duas enfermarias, manda construir o Hospital da Misericórdia, conclui o Arsenal da Marinha, organiza uma escola de pilotagem e difunde escolas básicas; expropria terras aos gananciosos e manda plantar, compulsivamente, mandioca e todo o tipo de culturas necessárias aos interesses do território. Pode-se considerar Baltazar Pereira do Lago como o pai da introdução da mandioca em Moçambique pois mandou vir, do Brasil, esta planta e ordenou o seu cultivo obrigatório, isento de impostos todos os que plantassem continuamente, pelo menos dois hectares desta planta. Hoje, do Rovuma ao Maputo, a mandioca é uma dos alimentos base das populações moçambicanas.
Foi dos poucos governadores do território a sair da ilha de Moçambique e visitar a Zambézia, onde ordenou a construção de diversos edifícios para acolher as repartições públicas e camarárias, quer em Quelimane, quer em Tete e restabeleceu a feira de Dambarare, em 1769. Em Janeiro de 1776 debelou, com muita dificuldade, uma sublevação das forças macuas do Reino Morla, por falta de efectivos militares e pela recusa do Vice-Rei da Índia em lhe ceder duas companhias de sipaios. Velho e cansado, fruto duma actividade política longeva para a época, morreu pobre e caluniado na ilha de Moçambique, tendo o seu nome ainda sofrido, após o seu falecimento, um controverso processo de arresto fiscal sobre os seus parcos bens.
Moçambique, Hospital da ilha de - A primeira estrutura com vínculo hospitalar a ser construída na ilha de Moçambique ocorreu no ano de 1681, por doação testamentária de terreno feita por um natural dali, tendo as obras sido custeadas pelo erário público. A sua finalidade inicial era destinada aos enfermos militares e, no ano seguinte, o mesmo foi entregue aos cuidados do clérigos hospitalares de São João de Deus, com uma dotação orçamental de três mil e quinhentos cruzados.
Em 1731 aproveitou-se o terreno para se construir o convento de São João de Deus, ficando a obra em forma quadrangular, com quatro secções destinadas a enfermarias, oficinas, residência clerical e capela anexa, onde se laborava a farmácia, laboratório e depósito de roupas, viradas para um pátio central dotado dum poço de água. Em 1755, face à precariedade
Em finais da segunda década do século XIX o Governo de Moçambique seccionou o hospital em duas partes, utilizando uma das metades para instalar um regimento de infantaria em co-habitação mas, meio século mais tarde, já o mesmo voltava, na íntegra, às suas exclusivas funções hospitalares. Em 1876 arrancou-se, nos terrenos do antigo convento, com a construção dum hospital mais amplo e melhor dotado, cuja manutenção e funcionamento perdurou até após a independência.
Nossa Senhora do Baluarte, Capela de - Localizada na ilha de Moçambique e integrada no complexo da Fortaleza de São Sebastião, foi erigida em 1522, quando a Armada de Dom Pedro de Castro se dirigia para a Índia e aí estacionou a aguar. Construída em cantaria vinda do Reino de Portugal, cantaria essa que fora transportada pelas naus da Armada, localizou-se a mesma por cima duma bateria de artilharia, sendo o único edifício em estilo manuelino existente em toda a costa oriental africana.
Posteriormente, à semelhança das igrejas cristãs indianas, foi-lhe acrescentado um alpendre. Esta capela é constituída por três corpos, sendo a capela em si o maior deles, ligando-se ao alpendrado e à sacristia possuindo, no seu interior, a única imagem ali existente que é a de Nossa Senhora do Baluarte. O seu nome advém do facto da mesma ter sido construída num dos quatro baluartes da fortaleza de São Sebastião, precisamente o baluarte de Nossa Senhora.
São Lourenço, Fortim de - Inicialmente construiu-se o fortim de São Lourenço entre 1587 e 1589, na ilha de Moçambique, mas foi de curta duração, pois foi mandado arrasar em 1595 e, sobre estas ruínas, ergueu-se um outro pequeno forte mandado construir por ordem do Governador António Cardim Froes, em 1762, na ponta sudoeste da ilha, com a dupla finalidade de controlar o movimento das embarcações que entravam na baía do Mossuril, do lado sudoeste e, por cruzamento de fogo com as bocas da fortaleza de São Sebastião, proteger a contra-costa da ilha, que está virada para o mar.
Podia aquartelar cem homens, dispunha de paiol e ampla cisterna para recolha de água das chuvas. Encimado numa pequena ilhota, ao sul da ilha de Moçambique, estava bem municiado com vinte e dois canhões, desconhecendo-se o autor do projecto. Em 1940, por decisão do Governo-Geral da colónia, este fortim, que era tutelado pelos militares e que dele se desinteressaram, passou a integrar o património da Câmara Municipal da ilha de Moçambique.
São Paulo, Palácio de - Um dos mais emblemáticos monumentos da ilha de Moçambique, começou a ser construído entre 1618 e 1620, sobre as ruínas da Torre Velha e da sua cerca fortificada, para albergar um colégio jesuíta. Em 1776, após a expulsão do território de Moçambique dos frades desta Ordem, por decisão do Marquês de Pombal, o convento passou para sede do Governo e residência do Capitão-General, razão porque também passou a ser conhecido por Palácio dos Capitães-Generais. Tal decisão deveu-se por, na altura, haver falta de habitação condigna que acolhesse ilustres visitantes que aportassem a esta ilha e também para dar um mínimo de dignidade às funções de quem exercia o poder territorial.
Baltazar Pereira do Lago, que foi o melhor Governador que Moçambique teve durante todo o período da presença portuguesa e que governou entre 1765 e 1779, efectuou obras de fundo, quer de restauro quer de ampliação do ex-colégio, mandando construir mais quatro casas de raiz anexas ao mesmo, duplicando a sua fachada, à custa do casario que lhe estava anexo e que servia de habitação aos frades. O custeamento destas obras, orçadas em 6.500 cruzados, foi suportado pela valorização da pataca, pertença da Fazenda Real e pela contribuição dos moradores locais que forneceram mestres e escravos, bem como também suportaram o transporte dos materiais.
O Palácio, geminado com a Igreja de São Paulo, donde lhe colheu o nome, localiza-se frontal ao porto, tornando-se num edifício de dois pisos, construído em quatro panos quadrados unidos nas extremidades. No seu interior existia um pátio ajardinado e o acesso à ala nordeste fazia-se por uma escadaria de dois lanços em ferro trabalhado de influência francesa. Do lado sudoeste fica a Igreja de São Paulo e do lado nordeste, após a passagem dum jardim com pomar, existia uma hospedaria para albergar peregrinos.
Transformado em museu, ainda no tempo português, manteve a sua função depois da independência e, após recentes obras de recuperação, apresenta um espólio museológico digno de menção, nomeadamente no tocante a tecidos e mobiliários, possuindo uma das maiores colecções do mundo em mobília indo-portuguesa; bem como arte sacra na igreja anexa, contendo um retábulo e um púlpito barroco, ambos em talha dourada.
São Sebastião, Fortaleza de - É a mais importante fortaleza militar construída pelos portugueses na costa índica, a partir da proposta do arquitecto Miguel de Arruda, em 1545, situando-se na ponta nordeste da ilha de Moçambique. No entanto as obras só arrancariam uns dez anos depois e arrastar-se-iam ao longo de decénios. É o único monumento, em toda a costa índica, onde se pode encontrar arquitectura manuelina abobadada, na sua Capela de Nossa Senhora do Baluarte.
A fortaleza possui quatro baluartes - São João, Nossa Senhora, Santo António e São Gabriel - e duas baterias rasantes, estando uma destas junto à capela. Antes da construção desta fortaleza os portugueses tinham erigido uma outra em 1507, extremamente simples, referida como fortaleza de São Gabriel, da autoria de Duarte Melo, e que ficou conhecida, em termos populares, como "fortaleza velha". Em 21 de Setembro de 1903, por descuido, explodiu a pólvora armazenada no paiol, o que provocou a destruição do baluarte de Nossa Senhora e da cortina de pedra protectora, só se tendo salvo a capela aí existente.
No decurso do século XX a fortaleza apenas servia de referência memorialista dum passado que fora grandioso, tendo servido para fins militares defensivos, nomeadamente no decurso da guerra nacionalista (1964/1974) onde tropas especiais iam efectuar períodos de repouso após intervenções de combate e também serviu de prisão para presos políticos, à semelhança do que viria a acontecer após a independência.
Moçambique
Nas comemorações do 25º aniversário da morte de Samora Machel foi inaugurada, na Praça da Independência em Maputo, uma estátua "...em bronze, nove metros de altura e foi produzida na Coreia do Norte, passando a ser a maior da África Austral". (M de Moçambique nº 12). Ao evento, segundo a notícia lida na "M de Moçambique" estiveram presentes diversos chefes de estado da África Austral bem como Dilma Roussefe, Almeida Santos, Kenneth Kaunda e Graça Machel. Samora Moisés Machel foi um homem que não deixou ninguém indiferente. Goste-se ou não dele, a verdade é que ninguém ficou indiferente à sua passagem meteórica pela política moçambicana e africana. Deixou uma marca indelével, isso ninguém o pode negar, para o Bem e para o Mal. Não está em causa as comemorações dum seu aniversário, que neste caso se reporta ao seu violento falecimento. Ele liderou a FRELIMO no decurso da guerra nacionalista, emergindo duma crise interna, liderou as negociações para a independência, e liderou o País nos seus primeiros anos de jovem Nação. O seu lugar na História está mais que justificado.
Mas Moçambique, enquanto País, devia de ter um pouco mais de pudor nas comemorações do seu falecimento. Essa de inaugurar uma estátua com nove metros de altura, passando a ser a maior da África Austral, é dum novo-riquismo estupidificante. Faz-me lembrar as carpideiras, que eram umas profissionais do antigamente, que eram pagas para chorarem nos funerais de alguém. Quanto mais carpideiras houvesse num determinado funeral, mais importante teria sido, em vida, o falecido. Puro teatro. Aqui a mesma coisa. Quanto maior a estátua mais importante terá sido, em vida, o falecido. A fechar esta parte do comentário, pergunto: com que altura será construída uma eventual futura estátua a Eduardo Chivambo Mondlane, o homem que liderou todo o processo do nascimento da FRELIMO e do desencadear da guerra nacionalista? Que também teve uma morte violenta este Pai da Pátria.
A segunda questão prende-se com o facto da mesma ter sido construída na Coreia do Norte. Moçambique é um País que assenta, presentemente, numa democracia parlamentar. Com altos e baixos, certamente, mas a verdade é que devemos reconhecer que o regime político que vigora em Moçambique ultrapassa os mínimos obrigatórios para se considerar uma democracia parlamentar. Completamente o oposto do que se passa na Coreia do Norte, que é uma das mais violentas ditaduras do planeta. Não vejo qual a razão de Estado que tenha levado Moçambique a ter que aceitar este "elefante branco" norte-coreano. Percebo que a classe política da Coreia do Norte tivesse querido homenagear Samora Machel, com quem tinha muitas afinidades ideológicas. Agora o que não entendo é o que levou os dirigentes moçambicanos a não só aceitarem este tipo de arte bacoca de novo riquismo, como também a exibi-la despudoradamente numa das praças mais emblemáticas da capital. Um estátua que foi construída, muito provavelmente, por operários forçados (mas não esforçados) dum pseudo-País que tem uma grande percentagem da população a morrer à fome. Fome de comida, fome de liberdade.
A terceira e última questão prende-se com a presença de Graça Machel (ou Graça Mandela?). Discursou no evento e a sua presença não é de admirar. Foi viúva de Samora Machel e, assim, é lógico que tivesse sido convidada. Mas gostaria de saber o que discursou. De certeza que cantou loas ao seu ex-marido. Correcto. Só lhe fica bem. Deve ser para amenizar o facto de, na altura, o cadáver de Samora Machel não ter arrefecido e já ela andar enrolada com "Madiba". Aliás, segundo as crónicas desses tempos, já o enrolanço acontecia ainda em vida do ditador. Gostava de ter Sol na eira e chuva no nabal, em simultâneo. Se foi para se penitenciar de não ter conseguido seguir o exemplo de Janet Mondlane... já vem tarde.
Positivo
A Índia está a ultimar uma versão de triciclos movidos a hidrogéneo, que não emitem CO2 calculando-se que, até 2020, já estejam em circulação um milhão destes veículos citadinos. (Visão nº 986).
Negativo
Na Nigéria, desde 2009, já terão morrido cerca de um milhar de pessoas vítimas da violência dos islâmicos radicais do grupo Boko Haram que pretendem islamizar à força todo o País e erradicar a presença ocidental (Visão nº 986. O radicalismo incomoda-me, seja de que tipo for. Assim, o radicalismo islâmico, tal como qualquer outro, é estupidificante. Mas o negativo disto tudo é o silêncio dos ditos islâmicos moderados. Sei que há uma frase, cujo Autor de momento não recordo, que disse: "Mais do que os gritos dos maus incomoda-me o silêncio dos bons." E é este silêncio dos ditos islâmicos moderados, que nunca ouvi condenarem qualquer atrocidade dos radicais, que rotulo de profundamente negativo. Será que têm medo dos radicais? Estarão reféns de uma estúpida solidariedade religiosa?
Viagem no tempo
Eu era puto e recordo-me de ter lido a história do Milagre das Rosas, que se reportava, mais ou menos, a que o nosso Rei Dom Dinis andava desconfiado que a sua mulher, a Rainha Santa Isabel, andava a dar cabo do erário público gastando muito dinheiro a comprar pão para dar aos pobres. Certa vez, ia a Rainha com uma aia que levava um cesto cheio de pão para as suas obras de caridade quando o Rei se cruzou com ela e perguntou-lhe, desconfiado: "Que levais aí?" Ao que ela respondeu: "São rosas, meu senhor." E, descobrindo o pano que cobria a cesta eis que, em vez do pão, apareceram mesmo rosas.
Ora bem esta história tem uma nova versão actualizada que, mais ou menos, será assim: estava Dom Miguel Relvas a passear no laranjal e a fazer contas de cabeça aos seus inúmeros compromissos políticos, sociais, económicos, desportivos e afins quando viu, ao longe, umas enteadas suas, chamadas de RTP e Lusa a rirem-se muito e enroladas em algo que não conseguia discernir à distância. Desconfiado, já há algum tempo, que as mesmas andavam a aprender javardices com um determimado pajem, um tal de Rosa Mendes, violando deste modo as suas ordens de serem obedientes e bem comportadas, aproximou-se de mansinho e, abordando-as de surpresa, perguntou-lhes o que é que estavam a esconder. No imediato as meninas, apanhadas de surpresa, descobriram os seus colos e disseram: "é o Rosa, meu senhor." Irado, Dom Miguel Relvas logo ordenou a expulsão do Reino do dito Rosa que, assim, num ápice e por uma ousadia sua, se viu desterrado para longe.
Partiram
Etta James, cantora norte-americana de blues e jazz.
Gustav Leonhardt, cravista holandês.
Foi dito
"A maior desgraça de uma Nação pobre é que em vez de produzir riqueza, produz ricos" - Mia Couto, escritor e biólogo moçambicano.
Sem comentários:
Enviar um comentário