"O Mundo não é uma herança dos nossos pais, mas um empréstimo que pedimos aos nossos filhos" (Autor desconhecido)
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segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Tim Butcher

Livro:
Tim Butcher (1967), já por mim referido anteriormente, aventureiro africanista contemporâneo dos quatro costados, efectuou a reconstituição doutra viagem, desta vez levada a cabo pelo multifacetado e prolixo escritor britânico Graham Greene (1904/1991) pelos territórios que hoje constituem a Serra Leoa e a Libéria, em 1935, acompanhado duma prima sua, de nome Barbara Greene. Se bem que, nessa época, a Serra Leoa fosse relativamente conhecida pela colonização britânica já a Libéria apresentava um vazio na sua cartografia interior, cuja área estava mapeada em zona branca e preenchida apenas com a palavra "canibais". O livro que Grahamn Greene escreveu sobre essa viagem, com primeira edição em 1936, titulou-o de "Journey without maps" (Vintage, London, 2006, 238 págs.). Sobre o mesmo existe uma tradução portuguesa com o título "Jornada sem mapas" (Minerva, 1964) edição muito difícil de se encontrar no mercado. A sua prima, Barbara Greene, que o acompanhou nesta viagem, também deixou as suas impressões num livro com o título de "Land benighteh" (Terra inculta), da qual desconheço tradução para a nossa língua. A viagem que os Greene (Graham e Barbara) efectuaram acabou por decorrer sem grandes incidentes, com uma duração de cinco semanas em território liberiano. Cerca de setenta anos mais tarde (nos tempos actuais) Tim Butcher, que estava colocado na lista negra e sentenciado de morte pelo senhor da guerra liberiano Charles Taylor, reconstituiu essa mesma viagem, que foi muito mais complicada e perigosa, por isso mesmo; após ter pesquisado  exaustivamente toda a documentação existente sobre a jornada dos Greene. Acabaria por publicar o registo da sua odisseia, no livro "À caça do Diabo - África, uma viagem pelos caminhos da morte" (Bertrand Editora, Lisboa, 2011, 399 págs.) um fascinante relato pleno de aventuras que viveu com intensidade pelas terras dos "diamantes de sangue" e que, sem dúvida, o coloca no pódio dos actuais viajantes/aventureiros daquele continente. É um daqueles livros que, tal como o seu anterior "Rio de sangue", quando se começa a ler não se larga mais.

Filme:
Já que falamos da Serra Leoa e da Libéria, vi dois filmes de aventura que, não sendo excepcionais, não deixam de ter o seu grau de qualidade pelo tema que abordam: a recolha de diamantes nestes territórios sob a mira das armas de déspotas que escravizam toda uma população, controlando exércitos formados, muitas vezes, por crianças de rua, para seu próprio enriquecimento e dalguns capitalistas europeus (estes últimos não podiam faltar, nem que fosse para darem um colorido Benetton). Um tem por título "Diamante de sangue" (Lonely Films Production, 2006, 137 minutos) num tema  onde dois africanos se cruzam (um branco - Leonardo DiCaprio e um negro - Djimon Hounsou) e, juntos mas com objectivos diferentes, atravessam todo o horror da guerra pelo monopólio da extracção dos diamantes, na Libéria. De registar que várias cenas de combate deste filme foram efectuadas nos subúrbios de Maputo. O outro filme tem por título "Diamantes" (Universal Studios, 2009, 173 minutos) e aborda a viagem que uma senadora norte-americana efectua por terras africanas na busca do apuramento da verdade sobre a morte da sua filha.

Imbecilidades:
A Power Balance andou a vender, por todo o mundo, umas pulseiras que garantiam que o holograma com carga eléctrica das mesmas concedia força e equilíbrio a quem as usasse. Agora concluiu-se que não há fundamentação científica para tal e que tudo não passou de publicidade enganosa. Com as indemnizações e multas pesadas que lhe vão cair em cima a empresa arrisca-se a falir. Tudo bem. Não tenho pena nenhuma  dos que lucraram com a imbecilidade de quem adquiriu tal produto. Mas, francamente, nunca pensei que houvesse tantos imbecis em todo o mundo.

Uma pergunta:
Se eu emprestar 78 euros a alguém e cobrar 34 euros de juros sobre esse valor (44%) sou um agiota. Então, pergunto eu, ignaro que sou destas matérias: como classificamos a "Troika" que empresta a Portugal 78.000 milhões de euros e vai cobrar 34.400 milhões de euros  de juros sobre esse valor (os mesmos 44%)?  Se isto é a tão apregoada ajuda com que os nossos governantes nos lavam o cérebro, então prefiro ir "dar o pacote" para a avenida e dormir debaixo da ponte. É que fico com a sensação que me puseram areia na vaselina.

O maior castanheiro da Europa localiza-se na área da aldeia de Guilhafonso - Guarda, com 19 metros de altura e com uma idade calculada em 400 anos, estando classificado como "de interesse público" desde 1971. Pois a mesma, segundo leio na imprensa, está a secar e corre o risco de morrer. As autarquias locais nada podem fazer pois, atendendo à classificação da dita árvore, só a ANF - Autoridade Nacional Florestal (como eu adoro estes títulos autoritários) é que pode intervencionar e, até ao momento, nada tem feito, arrastando-se o assunto desde o ano passado. Então, já agora, não se podiam também deixar a secar ao Sol os responsáveis da ANF que já foram alertados e nada fizeram? E, já agora, ao lado do castanheiro em causa.

Recomendo:
Uma visita ao Museu Rafael Bordalo Pinheiro. Localizado numa pequena vivenda ao Campo Grande - Lisboa (perto da Universidade Lusófona) permite integrarmo-nos no modo de viver de Lisboa nos finais do século XIX, para além de ficarmos a conhecer a visão política e artística deste genial caricaturista e ceramista. De um humor cáustico, a sua visão crítica da política e da sociedade de então ainda hoje se mantém actualizada. Mesmo volvidos cem anos.

Aconteceu:
O Governo australiano apresentou uma proposta, que está em discussão pública até Fevereiro de 2012, para criar uma reserva marinha protegida no Mar de Coral, com cerca de um milhão de quilómetros quadrados de superfície. Apesar de criticada por diversas associações ambientalistas e sumidades internacionais ligadas à biologia marinha, por não ir mais longe, quer numa maior cobertura geográfica quer na proibição total da actividade pesqueira, já é um bom começo. A bem deste belo Planeta Azul.

O Parlamento suíço aprovou o desmantelamento progressivo das suas cinco centrais nucleares, operação complexa que irá durar até 2034. A ver vamos, mas já é um outro bom começo. A bem deste Planeta Azul.

Hoje (27/11) o fado acabou consagrado, na belíssima Bali, como Património Imaterial da Humanidade. Já muito foi dito e eu, para não correr o risco de chover no molhado, nada mais irei acrescentar de útil. Apenas que se registe a minha sincera congratulação por tal facto. Não sendo um adepto incondicional deste tipo de música - tirando os sagrados e consagrados Carlos do Carmo e Amália Rodrigues - não deixo de ficar orgulhoso de tal facto. A referência de nomes é injusta, por omissão deste ou daquele e, por isso, de antemão a minha mea-culpa caso injustice alguém mas heróis desta saga terão sido, entre outros, António Costa - actual Presidente da edilidade alfacinha, Rui Vieira Nery - musicólogo que liderou a Comissão Científica da nossa candidatura, Rúben Carvalho - vereador municipal e Sara Pereira - Directora do Museu do Fado e também membro da Comissão Científica. De lamentar que Amália Rodrigues, a grande Diva do Fado, não tivesse vivido o suficiente para assistir a esta consagração. Ou não fosse a voz dela a timbrar "Estranha forma de vida" que o Júri da UNESCO e toda a restante assistência ouviu no iPhone de António Costa, quando este finalizou o seu discurso de apresentação da candidatura. Um gesto inteligente.

Em Filadélfia - EUA, foi eleita como Presidente da SIAM - Society for Industrial and Applied Mathematics (Sociedade Matemática Aplicada e Industrial) a portuguesa Irene Fonseca, que lecciona Matemática na Universidade de Carnegie Mellon. Esta Sociedade é, a nível mundial, a maior associação científica de matemática aplicada, constituída por cerca de 13.000 associados individuais e 500 institucionais. E, agora, é presidida por uma portuguesa. Porque será que lá fora somos tão produtivos e aqui, neste jardim à beira-mar plantado... temos que viver de esmolas estrangeiras?

Vai acontecer:
A actriz Eunice Munoz vai ser condecorada amanhã (28/11), pelo Presidente da República Cavaco Silva, com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique honrando-se, deste modo, uma carreira, mais que meritória, de 70 anos. Vá lá, vá ,lá. De vez em quando o nosso Venerando Chefe de Estado acerta numa decisão. E logo na área da cultura, quem diria. 

Disseram:
"Há dois mil anos o maior orgulho era poder dizer-se: "civis romanus sum" (sou um cidadão romano). Hoje, no mundo livre, o maior orgulho é poder dizer-se: "ich bin ein berliner" (sou um berlinense)."  Jonh F. Kennedy, político, num discurso efectuado em Berlim, em Julho de 1963, contra a construção do Muro de Berlim pelas autoridades soviéticas.

"Sr. Gorbachov, derrube este muro." Ronald Reagan, político, num discurso efectuado em Berlim, em Junho de 1987, contra a manutenção do Muro de Berlim.

Efemérides:
Nascimento de Jimy Hendrix, considerado o maior guitarrista de todos os tempos (27/11/1942).
Discurso, em Nova Deli, de Jawaharal Nerhu, Primeiro-Ministro indiano, onde apela aos Estados Unidos e à União Soviética a findarem os ensaios nucleares e iniciarem o desarmamento com vista a salvar "a Humanidade do desastre final." (27/11/1957).
A Nova Zelândia torna-se o primeiro País do mundo a permitir o voto feminino em eleições gerais (28/11/1893).

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Livro:
Tim Butcher (1967) é um jornalista britânico que, após ter estado como correspondente do jornal "Daily Telegraph" durante quatro anos em África, resolveu encetar a reconstituição da lendária viagem que, no século XIX, Henry Morton Stanley (1841/1904) fez pelo rio Congo, no sentido Este/Oeste, tendo sido uma das viagens mais fascinantes levadas a cabo e só conseguida devido à vontade indómita e inquebrável de Henry Morton Stanley que tudo venceu, desde doenças, ataques de animais quer terrestres quer fluviais, traições, morte dos seus lugar-tenentes, revoltas do seu pessoal, combates com tribos inimigas, o percurso dum rio desconhecido que foi tentando mapear, a solidão, a fome, enfim, tudo o que se possa imaginar coube nesta epopeia que ocorreu entre 1874/1877. "Primus inter pares", Henry M. Stanley, independentemente das motivações económicas, aventureiras ou militaristas que o levaram a cruzar África em múltiplas direcções, quer ao serviço de interesses colonialistas europeus (a criação do Estado Livre do Congo, como feudo privado do Rei Leopoldo I da Bélgica), de glória pessoal e pura aventura (localização do outro lendário Dr. Livingstone, na actual Zâmbia, onde nasceu a celebrada pergunta "Doctor Livingstone I presume?") ou a missão militarizada de apoio ao Emir Pascha, no sul do Sudão, para a História ele fez mais que jus ao cognome com que ficou conhecido: "Bula Matari"  que traduzido significa "O que parte pedras". Ora bem, é sobre a odisseia desta viagem pelo rio Congo que recomendo a leitura de dois livros sobre a mesma. O primeiro foi escrito na primeira pessoa pelo próprio Henry M. Stanley e tem por título "Através do continente negro ou as nascentes do Nilo, circum-navegação dos Grandes Lagos da África Equatorial e descida do rio Livingstone ou Congo até ao Oceano Atlântico". (Mendonça & Irwin, Empresa Editora, Lisboa, 1880, Volume 1 - 366 págs.; Volume 2 - 424 págs.; Volume 3: 339 págs. e mapas). O segundo livro sobre esta viagem fluvial foi escrito por Tim Butcher, com o título "Rio de sangue - uma aventura apaixonante no coração de África" (Bertrand Editora, Lisboa, 2009, 383 págs.), no qual o jornalista efectua, em finais do milénio passado, o mesmo percurso que Henry M. Stanley fizera pouco mais de um século antes. O interessante, ao lerem-se ambas as obras, é comparar África num salto temporal que mediou cem anos e comparar as amplitudes evolutivas (ou não) nesta parte central do continente africano, quer nos povos, quer nas mentalidades, quer na devastação ecológica.

Documentário:
Hugo van Lawick (1937/2002) foi um dos mais importantes fotógrafos e documentaristas sobre a vida selvagem africana, onde se iniciou em finais da década de 50. Travou amizade com o lendário paleontólogo Louis Leakey (1903/1972) que o apresentou a Jane Goodall (1934), a lendária especialista em chimpanzés. Com ela terçou amores e documentários sobre estes primatas. Um dos grandes amores da sua vida profissional foi o Parque Nacional do Serengueti, na Tanzânia, onde ficou sepulto no mesmo local onde durante décadas teve a sua tenda montada. Daí a minha recomendação para se ver, da sua autoria, "A sinfonia do Serengueti", um filme de 80 minutos sobre um dos mais belos ecossistemas da vida selvagem africana, com cerca de 30.000 quilómetros quadrados de área.

Exposição:
"Frida Kahlo - as suas fotografias", no Pavilhão Preto do Museu da Cidade, em Lisboa. Trata-se de um conjunto de 257 fotografias desta pintora mexicana que está patente até 29 de Janeiro próximo e que se subdividem em seis áreas: "Os pais"; "A Casa Azul"; "O corpo acidentado"; "Os amores de Frida"; "A fotografia" e "A luta política".

Aconteceu:
Uma mulher afegã, de nome Gulnaz, foi violada por um homem casado e, fruto disso, acabou grávida. Por ter tido relações sexuais com um homem casado, foi incriminada em adultério e condenada a 12 anos de cadeia, não tendo a legislação do seu País cuidado do acto em si ter sido contra vontade da mesma. Agora, na cadeia, onde se encontra com a sua filha, fruto da violação e que entretanto nasceu, tem hipótese de sair em liberdade antes da pena cumprida, desde que se case com o violador. Mas, se sair, pode sofrer represálias atentatórias contra a sua vida, pois quer os seus próprios familiares quer os do violador consideram que ela  desonrou o nome das famílias. É o que se pode dizer saltar do lume para a frigideira. Uma pergunta: que andamos nós a fazer no Afeganistão, há mais de dez anos? Uma meditação: e ainda nos queixamos nós da nossa crise.

Uma mulher paquistanesa, de nome Asia Bibi, camponesa e católica, no seu País, foi buscar água quando trabalhava no campo. Logo ali foi acusada por outras mulheres, muçulmanas, de ter conspurcado a água por ser cristã. Tendo-se recusado a mudar de religião, foi acusada de blasfémia contra o Profeta do Islão e acabou sentenciada à morte, pela legislação penal paquistanesa. Admite-se que o Supremo Tribunal acabe por revogar a pena capital. Mas, clérigos radicais, já ameaçaram que se tal suceder ela correrá risco de vida, caso saia em liberdade. Uma pergunta: que andamos nós a fazer no Paquistão há tantos anos? Uma meditação: e ainda nos queixamos nós da nossa crise.
"Laços de sangue" é uma telenovela produzida pela SIC/TV Globo que venceu, no difícil mercado estadunidense, o prémio "Emmy" para a Melhor Novela Internacional. Já no ano passado foi a telenovela "Meu amor" a arrecadar idêntico "Emmy". Aprendemos bem com os brasileiros e parece que o aluno está a suplantar o mestre. Não vi nenhuma das duas (cá em casa, democraticamente, "proibi" o visionamento de telechachas) mas... não deixam de fazer bem ao nosso ego lusitano estes prémios. Num País que só sabe falar da crise.

O Parlamento Europeu e o Conselho Europeu das Mulheres Empresárias premiou a portuguesa Sandra Correia, responsável da "Pelcor" como "Melhor Empresária da Europa 2011". Bom... repito o final do parágrafo anterior: não deixam de fazer bem ao nosso ego lusitano estes prémios. Num País que só sabe falar da crise. 

Uma dupla de jovens arquitectos portugueses, José Maria Cumbre (31 anos) e Nuno Sousa Caetano (33 anos) foram distinguidos na 5ª Edição dos Prémios de Arquitectura Ascensores Enor, em Vigo - Espanha, devido ao projecto dum bar sito no Jardim 9 de Abril, em Lisboa. Bom... repito de novo: não deixam de fazer bem ao nosso ego lusitano estes prémios. Num País que só sabe falar da crise.

Está a acontecer:
Uma greve geral, em Portugal, com as confederações sindicais UGT e CGTP juntas neste processo reinvindicativo. Independentemente das razões que lhes assistam e da disparidade do número de aderentes à greve que o Governo e os Sindicatos vão apresentar, faço uma pergunta: Porque é que os Sindicatos não pagam, dos seus cofres, aos grevistas o dia de trabalho? De certeza que muito mais gente haveria de aderir. Creio que muitos não fazem greve porque o dia de salário que lhes é descontado pesa nas despesas lá de casa. É que isto dos senhores dirigentes sindicais incitarem os trabalhadores à greve é muito bonito. Até podem ter carradas de razão e não é isso que está em causa. Mas esquecem-se dos cortes que esses mesmos trabalhadores sofrem, por Lei, por tal adesão. E que eu saiba ou calcule, aos senhores dirigentes sindicais não lhes afecta o bolso. Ou, pelo menos, podiam pagar uma percentagem do corte, escalonado na proporção dos vencimentos dos grevistas. E o controle nem era difícil: bastava os delegados sindicais confirmarem tais cortes, depois dos trabalhadores lhes exibirem a folha de pagamento no mês em que sofressem o corte.

Vai acontecer:
A fim de comemorar a candidatura do fado a Património Imaterial da Humanidade, o Museu do fado - Lisboa, a partir das 10H00 do dia 26 de Novembro corrente, vai manter as portas abertas ao público durante 36 horas, ininterruptamente.

Efemérides da semana:
Charles Darwin publica "A origem das espécies", um dos livros mais polémicos de todos os tempos, onde se teoriza a evolução gradual, através do método da selecção natural (24/11/1859)
Ocorre, em Dallas - EUA, o assassinato do Presidente Jonh F. Kennedy (22/11/1963)

Disseram:
 "Comemora-se em todo o País uma promulgação do despacho número cem da Marinha Mercante Portuguesa, tendo sido dado esse número não por acaso, mas porque vem precedido doutros noventa e nove anteriormente promulgados." (Américo Thomaz, político)